Síndrome da Fadiga Crônica: sintomas, fatores de risco e tratamento

Quem mantém uma rotina muito atribulada pode até pensar que é normal estar cansado o tempo todo e o pior, acostumar-se a isso. Contudo, para algumas pessoas o dia a dia é realmente mais extenuante do que seria considerado normal, impedindo qualquer chance de descanso. Pessoas com o diagnóstico clínico de Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), em sua maioria mulheres entre 40-50 anos, sentem uma fadiga (cansaço) intensa que pode piorar com a atividade física ou mental e nunca melhora com o repouso. Em casos mais acentuados, a qualidade de vida pode ser fortemente impactada, alterando a rotina profissional e até o convívio social.

Sinais, sintomas e fatores de risco

Muitas vezes a fadiga crônica tem causa desconhecida, mas não é incomum notar o início dos sintomas após episódios de fatores estressantes orgânicos (infecções) ou psicológicos. Segundo artigo publicado pela Escola Paulista de Medicina, a fadiga crônica – também conhecida por encefalomielite miálgica – é frequentemente diagnosticada junto à fibromialgia, ambas condições caracterizadas pelas alterações da função orgânica sem alterações estruturais anatômicas. 

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Segundo a Sociedade de Reumatologia, quem convive com a fadiga crônica sente-se persistentemente cansado sem uma causa aparente, independente da quantidade de repouso que realize. Além da fadiga, pode haver dificuldade com a memória ou concentração, dor de garganta, presença de gânglios (íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça e sono não reparador. 

Com uma evolução variável, os sintomas podem permanecer estáveis após atingirem um pico de intensidade e diminuir com o passar do tempo, como um “efeito sanfona”. Já alguns pacientes podem se recuperar completamente. 

Diagnóstico e tratamento da fadiga crônica

O diagnóstico precoce da síndrome beneficia o paciente de diferentes formas, melhorando o tratamento e a evolução da cura. A rapidez na identificação da fadiga crônica também serve para afastar a suspeita de outras doenças, como hipotireoidismo, apneia do sono, depressão e os efeitos colaterais dos medicamentos. O diagnóstico é clínico, feito por meio da história clínica e exame físico do paciente.

Já o tratamento da síndrome envolve o controle dos sinais e sintomas e, muitas vezes, requer mudanças de hábitos. Para isso, uma combinação de tratamentos pode ser necessária para que seja possível moderar as atividades diárias, praticar exercícios físicos, curar problemas com dores e distúrbios do sono, entre outros. A terapia cognitivo-comportamental, bem como o tratamento da depressão e ansiedade, são muito recomendadas. Com o tempo, muitos pacientes podem se recuperar da Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), resgatando a qualidade de vida que estava comprometida.

Fontes: SBR I Unifesp I Ministério da Saúde

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