O câncer de mama, embora não possa ser completamente evitável, tem os fatores de risco reduzidos com a adoção de uma série de cuidados preventivos. Eles abrangem práticas relacionados ao estilo de vida até o acompanhamento médico. Continue lendo para saber porque as campanhas de Outubro Rosa falam em diagnóstico precoce e promoção da saúde!
Em relação ao câncer de mama, as formas de prevenção podem ser divididas em três níveis. A prevenção primária tem como objetivo diminuir os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, e por isso é classificada como a promoção da saúde através das boas práticas:
– Praticar atividade física
– Alimentar-se de forma saudável
– Manter o peso corporal adequado
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
– Amamentar
– Evitar uso de hormônios sintéticos (anticoncepcionais, terapias de reposição hormonal, etc)
Já a prevenção secundária acontece por meio de métodos que visam o diagnóstico precoce, ainda em estágio inicial. A mamografia é o mais eficaz e indispensável, mas o rastreamento genético e o autoexame também podem ajudar. E como não há formas de prevenir o retorno do câncer de mama, o último nível, a prevenção terciária, se resume à manutenção das boas práticas de saúde e dos exames de acompanhamento.
O que você pode fazer para Praticar a Prevenção ao câncer de mama
A mamografia de rastreamento, indicada para pacientes que não apresentam sinais nem sintomas, é o principal exame para a detecção precoce do câncer de mama. Durante o exame, as mamas são comprimidas em um aparelho de raio-x especial, conhecido como mamógrafo. Ele é capaz de identificar alterações suspeitas antes mesmo do surgimento de nódulos palpáveis.
Mamografia para mulheres sem risco aumentado
Segunda a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), assim como outros importantes órgãos de saúde, a mamografia de rastreamento deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos em mulheres que não apresentam risco aumentado. Já o Ministério da Saúde recomenda o exame, assim como disponibiliza o acesso gratuito, apenas a partir dos 50 anos, e a repetição de dois em dois anos.
Mamografia para mulheres com risco alto
Ainda de acordo com a SBM, são consideradas mulheres com alto risco de câncer de mama aquelas que apresentam histórico familiar de:
– Câncer de mama antes dos 45 anos em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha);
– Câncer de mama em homens, em qualquer idade, em parentes de primeiro grau;
– Câncer de mama bilateral;
– Câncer de ovário em qualquer idade.
Nesses casos, exames como a mamografia, tomossíntese, ultrassonografia ou a ressonância magnética das mamas (RNM) devem ser realizadas a partir dos 30 anos, ou conforme a orientação do médico.
Autoexame das mamas
O autoexame das mamas não é capaz de identificar lesões pré-malignas ou lesões muito pequenas e, portanto, não substitui a mamografia de rastreamento ou o exame clínico. Atualmente o autoexame serve como forma de autoconhecimento do corpo e conscientização sobre as mudanças das mamas ao longo da vida e capacita a identificação de alterações sugestivas de câncer. Por isso a observação ou palpação das mamas deve acontecer mensalmente, entre o 3º e o 5º dia após a menstruação ou em data fixa para mulheres que não menstruam.
Sinais de alerta no autoexame das mamas
Alguns fatores identificados durante o autoexame das mamas precisam de mais atenção. Fique atenta e procure orientação médica se acontecer qualquer uma das alterações abaixo:
– Nódulos endurecidos na região da mama ou axila;
– Inversão anormal do mamilo;
– Coceira no mamilo que perdura após uso de corticóides;
– Alteração de cor, textura ou formato em qualquer parte ou extensão da mama;
– Secreção transparente ou sanguinolenta no mamilo.
Sobre o câncer de mama
Causado pela multiplicação desordenada de células da mama, o câncer de mama existe em diferentes formas e pode evoluir rápida ou lentamente. Ele é o tumor maligno mais frequente entre todas as mulheres do mundo e no Brasil, fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Homens representam apenas 1% dos diagnósticos.
Sintomas do câncer de mama
São considerados sinais ou sintomas suspeitos e necessitam de avaliação médica com urgência:
– Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos;
– Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual;
– Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade;
– Descarga papilar sanguinolenta unilateral (saída de secreção através da papila mamária);
– Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos;
– Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral;
– Presença de linfadenopatia axilar (caroço axilar);
– Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja;
– Retração na pele da mama;
– Eritema (vermelhidão) na pele da mama;
– Mudança no formato do mamilo.
Tratamentos para câncer de mama
O tratamento varia conforme o estadiamento e características da doença e do perfil da paciente, podendo ser um tratamento local, com cirurgia, radioterapia e reconstrução mamária ou tratamento sistêmico, com quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Prevenção dos efeitos colaterais
Durante todo o tratamento, evitar ou controlar os efeitos colaterais também proporciona maior qualidade de vida e bem-estar. Um ponto de partida é o cuidado com a autoestima durante o enfrentamento do câncer, um assunto delicado, mas de grande importância. Um dos efeitos colaterais mais temidos, a queda dos cabelos já pode ser evitada ou diminuída em alguns casos através de técnicas e tratamentos menos tóxicos ao folículo capilar. Já a perda das sobrancelhas, também fundamentais na construção da autoestima, é possível ser evitada ou recuperada com o uso de um tratamento inovador recém lançado no Brasil. Conheça esse tratamento clicando aqui.
Ainda em relação à pele, é muito comum observar efeitos colaterais advindos da radioterapia, como coceiras, vermelhidão, queimaduras e outras alterações importantes como a radiodermite, um ressecamento que pode evoluir para úlcera. Para saber mais sobre a forma de hidratação específica para peles sensibilizadas pelo tratamento oncológico, clique aqui.
Ao longo de todo o tratamento do câncer, a saúde oral merece cuidado redobrado. Enquanto a mucosite, inflamação da mucosa da boca, pode impossibilitar a alimentação oral e facilita o desenvolvimento de infecções, a xerostomia reduz a produção de saliva, causando desconforto e alterando o sabor dos alimentos. Além do grande desconforto que essas comorbidades podem causar, um dos maiores efeitos adversos é o risco da perda de peso e nutrientes importantes que podem resultar na queda da imunidade, em muitos casos, chegando a interromper o tratamento.
Nesses casos, a suplementação nutricional e a nutrição enteral podem ajudar na prevenção da queda da imunidade e garantir a aquisição diária de calorias, proteínas, vitaminas e minerais, além de oferecer dietas específicas para a necessidade nutricional de cada perfil de paciente.
Prevenção como autocuidado
A prevenção, antes de mais nada, é um exercício de amor, cuidado e conhecimento para consigo mesma. São momentos em que a única responsabilidade é estar comprometida com a própria vida, eliminando qualquer tabu relacionado ao corpo feminino, buscando mais saúde e prestando atenção aos sinais do corpo. Somadas atitude preventiva com consultas e exames em dia, estaremos todas ainda mais fortes na luta contra o câncer de mama.
Fontes: Ministério da Saúde I Gmap Unisinos I SBM I SBM I SBM I Inca I Inca I Femama