Afetando cerca de 24,3% dos adultos brasileiros e caracterizada pelo excesso de gordura corporal, a obesidade pode levar a diversos problemas de saúde como doenças cardíacas, diabetes e hipertensão. O aumento significativo da obesidade nos dias atuais tem feito as pessoas procurarem por tratamentos que incluem desde substituições em seus estilos de vida até a ajuda de medicamentos. Alguns medicamentos ganharam destaque pelos seus diferentes tipos de atuação no organismo, contribuindo para a perda de peso e melhoria no metabolismo, como controle dos níveis de colesterol e outros distúrbios metabólicos.
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OZEMPIC (SEMAGLUTIDA)
Desenvolvido principalmente para auxiliar no tratamento de diabetes tipo 2, o Ozempic é um medicamento injetável que também tem mostrado sua eficácia na perda de peso devido a semaglutida, que atua diretamente nos receptores do GLP-1 no cérebro que reduz a atividade dos neurônios que estimulam o apetite, resultando em uma diminuição da fome. A semaglutida é também bastante eficaz pois retarda o esvaziamento gástrico, estendendo o tempo dos alimentos no estômago, promovendo uma sensação de saciedade.
REPATHA (EVOLOCUMABE)
Repatha, cujo princípio ativo é o evolocumabe, é um inibidor da PCSK9. Embora seja mais conhecido pelo seu papel na redução do colesterol LDL, sua utilização em pacientes com obesidade pode trazer outros benefícios: Ao reduzir os níveis de LDL, o medicamento contribui para a melhora do perfil lipídico geral, sendo vantajoso para a saúde cardiovascular de pessoas obesas.
VICTOZA (LIRAGLUTIDA)
Contendo liraglutida, análogo do GLP-1 e utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e no manejo da obesidade, promove a secreção de insulina, diminui a secreção de glucagon e retarda o esvaziamento gástrico. Além disso, ela tem um efeito anorexígeno, ajudando a reduzir a ingestão de alimentos. Segundo estudos, a Victoza pode levar a uma perda de peso relevante, sendo uma opção para pessoas que precisam controlar a glicemia e o peso.
ESTATINAS
Além de diminuir o LDL, lipoproteína de baixa densidade associada comumente ao colesterol ruim, as estatinas, são agentes hipolipemiantes de primeira linha, que agem inibindo a HMG-CoA redutase, e reduzem os triglicerídeos. As mais conhecidas são a rosuvastatina, sinvastatina e atorvastatina. Em pessoas obesas, as estatinas melhoram o perfil lipídico e auxiliam na redução do risco de doenças cardiovasculares.
Sendo um problema de saúde pública, a obesidade demanda diversas abordagens para o seu controle. Medicamentos como Ozempic, Repatha, Rosuvastatina, Victoza, entre outros, são auxiliadores para o controle de peso e melhoria de indicadores metabólicos em pessoas obesas. Mesmo que alguns desses medicamentos não atuem diretamente para a perda de peso, alguns como a semaglutida, já possuem inúmeros estudos de sua efetividade no controle de peso, mas ainda não possuem a indicação em bula. Além disso, o uso indiscriminado tem chamado atenção da comunidade médica mundial, que se ocupa dos benefícios e também dos riscos para seu uso sem acompanhamento médico.
A decisão conjunta de pacientes e profissionais da saúde de incluir tais opções de medicamentos em suas rotinas, oferece uma maneira eficaz para iniciar mudanças no estilo de vida, que incluem acompanhamento multidisciplinar para o controle de peso, considerando também dieta e exercícios físicos específicos para cada paciente.
Próximo blog: novos medicamentos aprovados pelo FDA para controle de peso que em breve estarão disponíveis no Brasil.
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Fontes: Mega Imagem | Forbes | SBEM | PubMed