Guia da proteção solar: saiba como manter sua pele saudável

Em um país como o Brasil, onde o tempo quente prevalece durante quase todo o ano em vários estados, a proteção solar deve ser levada a sério. Para não restar dúvidas, basta ficar de olho nas estatísticas sobre câncer de pele, uma das principais consequências da inadequada exposição solar ao longo da vida.

Foco da campanha Dezembro Laranja, o câncer de pele é o grupo de tumores malignos mais frequente no Brasil e no mundo. Conforme informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), reúne mais de 185 mil diagnósticos ao ano e atinge de forma aproximada homens e mulheres. O câncer de pele não melanoma é frequente e pode resultar em deformações, já o melanoma, embora seja letal, é muito menos incidente. Ambos, desde que diagnosticados de forma precoce, podem ser curados. 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta a população a observar e conhecer o próprio corpo a fim de detectar pequenas alterações, sinais e pintas. Com esse intuito, os profissionais ensinam o Método ABCDE de auto-exame. Detectada qualquer anomalia, um dermatologista deve ser consultado.

Conheça o ABCDE:
A: assimetria
B: bordas
C: coloração
D: diâmetro
E: evolução

Segundo os especialistas, pintas e sinais assimétricos, com bordas irregulares, com cores que fujam do marrom claro a escuro, que tenham um diâmetro maior que 0,6 cm e apresentem evolução ou crescimento precisam ser investigadas. Qualquer um dos fatores acima já serve como alerta para que se faça uma avaliação junto ao médico.

Apesar da gravidade, o câncer de pele não é a única consequência da exposição inadequada ao sol que surge com o passar do tempo.  Enquanto as queimaduras solares ficam visíveis quase imediatamente, o fotoenvelhecimento é um efeito colateral que surge ao longo da vida.  Ele consiste no exagero das alterações cutâneas e é caracterizado pelo surgimento de rugas, manchas, aspereza, cor de aspecto amarelado e telangiectasias (vasinhos). 

Seja para evitar queimaduras ou prevenir o fotoenvelhecimento e o desenvolvimento do câncer de pele, a proteção solar deve ser um hábito na vida de qualquer pessoa. Confira logo abaixo um guia da proteção solar para auxiliar a sua busca por uma pele mais saudável.

1. Como escolher o Fator de Proteção Solar (FPS)

Ele é uma das informações mais importantes na hora de escolher o filtro solar, mede o grau de proteção que o produto tópico oferece contra os raios UVB, responsáveis por queimaduras e câncer de pele. Resumidamente, o tempo de ação do produto se dá na multiplicação do FPS por 10 (dez minutos). Um FPS 15, multiplicado por 10, protege a pele do sol por 150 minutos (2 horas e 30 minutos).  

Para agilizar na escolha, basta ter em mente que quanto mais clara a cor da pele, dos cabelos e dos olhos, maior deve ser a proteção solar. No entanto, mesmo as peles negras retintas devem ter cuidado com a exposição solar. Desta forma, o FPS 30 é o mínimo indicado para todas as pessoas. 

2. O que é proteção UVA e UVB

Mesmo que sejam essenciais na produção da vitamina D, os raios solares podem causar sérios danos à saúde da pele. A curto prazo, causam o fotoenvelhecimento e a longo prazo favorecem o surgimento da catarata e câncer de pele. Por isso a exposição solar precisa ser controlada por meio de filtros solares, roupas e óculos de sol com proteção solar UVA e UVB.

UVA: são raios ultravioletas de média intensidade. Estão presentes durante todos os meses do ano, mesmo em dias nublados, e atingem a derme de forma profunda. Além de bronzear e causar câncer, são o principal fator para o prematuro envelhecimento da pele. 

UVB: são mais nocivos porque embora possuam menor penetração através da pele, provocam alterações nas fibras de elastina e colágeno. Ficam ainda mais fortes no verão, especialmente entre 10h e 16h. Eles também causam o fotoenvelhecimento, mas são protagonistas mesmo é na formação de queimaduras, vermelhidão e ardência, assim como na catarata e no câncer de pele.

PPD: embora não seja habitualmente explicado no produtos nacionais, o protetor solar com PPD, sigla para “Persistent Pigment Darkening”, sinaliza a proteção contra os raios UVA como + (baixa), ++ (média) e +++ (alta proteção). E claro, quanto mais alta a proteção, melhor.

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3. Diferença entre proteção solar química ou física

Os filtros solares são produtos que agem como uma barreira de proteção contra os raios solares. Eles podem ser divididos em químicos e físicos, nomes que diferem suas formulações e formas de proteção.

Proteção química (ou solúvel): são produtos potentes na proteção, mas pouco indicados para crianças pequenas, pacientes oncológicos e com restrições aos componentes das fórmulas. Atuam como uma barreira química de proteção ultravioleta, absorvendo os raios para impedir que eles danifiquem a pele. Ficam totalmente transparentes sobre a pele.

Proteção física (ou mineral/natural): encontrada na forma de produtos cosméticos com pigmento (como base e pó) e protetor solar líquido/creme e em pó. Possui baixo potencial alergênico e irritante, o que a faz mais indicada para crianças, gestantes, pacientes oncológicos ou com restrições dermatológicas. Atua como uma barreira física, refletindo em vez de absorver os raios solares e também protege contra a luz visível, como telas e lâmpadas. A barreira física é ocasionada pela formulação com dióxido de titânio e/ou o óxido de zinco, componentes que provocam a cor branca do produto sobre a pele.

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4. Como aplicar o filtro solar?

Para que a proteção seja completa, o filtro solar deve ser aplicado de forma cuidadosa e seguindo algumas indicações:

– Aplicação cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol;

– Reaplicação a cada duas horas ou três horas e/ou após exposição ao sol intenso, sudorese ou longo período de imersão na água;

– Utilizar filtro solar mesmo em dias nublados;

– Optar por produtos com proteção dupla (amplo espectro), UVA e UVB.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cada parte do corpo tem uma quantidade de protetor solar indicada.

– Uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça;

– Uma colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás;

– Uma colher de chá para cada braço;

– Uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna.

medida protetor solar

Medida que equivale a uma colher de chá.

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5. Proteção solar com roupas

A proteção completa também engloba o uso de roupas e acessórios. Quando não for possível ou necessário usar uma roupa fotoprotetora, é necessário aplicar filtro solar mesmo por baixo de vestimentas leves, como as produzidas com algodão e de cor clara. 

Já chapéus precisam ter uma aba larga que cubra boa parte do rosto e, preferencialmente, ter a trama bem fechada ou com tecido escuro. Os óculos devem ter lentes de qualidade, com proteção UVA e UVB. As proteções externas, como sombrinhas, guarda-sóis, vidros e cortinas, sempre são bem-vindas de forma associada à proteção direta.

6. Proteção solar para pacientes oncológicos

Pessoas em tratamento contra o câncer devem ser ainda mais cuidadosas com a exposição ao sol. Nesse caso, a proteção física é a mais indicada, composta por filtro solar, chapéu, roupas de algodão, sombrinha e guarda-sol. Além disso, a hidratação é fundamental. Para isso, pacientes oncológicos devem beber muita água e/ou água de coco, consumir alimentos com alta concentração de água e hidratar a pele com produtos seguros para peles sensibilizadas. As formas de proteção solar durante e após o tratamento devem ser orientada pelo médico.

Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta e a recomendação médica quanto a qualquer uso de proteção solar.

Fontes: SBD I SBD I SBD I INCA I FAHESA/ITPAC I Zaply I Bem estar I Dermaclub I  UOL

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