Doença Inflamatória Intestinal (DII): entenda o que é e quais os sintomas

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma condição autoimune caracterizada pela inflamação crônica do intestino. Ela pode dividir-se em dois tipos, Doença de Crohn (DC)Retocolite Ulcerativa (RCU), enfermidades com sintomas e tratamentos semelhantes, ainda que não sejam a mesma doença.

Tipos de Doenças Inflamatórias Intestinais

A Doença de Crohn (DC) pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, da boca ao ânus. A parte inferior do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso geralmente são as mais impactadas pela doença, que pode atingir tanto a mucosa quanto a espessura da parede do intestino. Já a Retocolite Ulcerativa (RCU) afeta apenas o intestino grosso (cólon), causando uma inflamação que se concentra no revestimento interno da região (mucosa). Ambas as doenças podem atingir tanto mulheres quanto homens, geralmente entre 14 e 24 anos. 
Mesmo após exames, pode ser difícil determinar se é doença de Crohn ou retocolite ulcerativa. Em alguns indivíduos, dentre as características sobrepostas das doenças, não há uma isoladamente que defina o diagnóstico de alguma DII. Nestes casos, a condição passa a ser denominada de uma DII não especificada ou colite indeterminada.

Causas e fatores de risco das DII

Com causas ainda não totalmente conhecidas, as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) podem ser desencadeadas pela associação da predisposição genética com fatores ambientais e bactérias intestinais. Cerca de 10% das pessoas diagnosticadas com DII têm um familiar próximo, como pai, filho e/ou irmão, com a doença.

Sintomas da Doença Inflamatória Intestinal

Entre os variados sintomas, fadiga extrema, urgência fecal, cólicas intestinais e diarréia, ocasionalmente acompanhada por sangramento, são comuns às DII’s. Contudo, a manifestação não é constante, eles surgem principalmente nos períodos de crise da doença. Quando há poucos ou nenhum sintoma, o chamado período de remissão, é possível perceber o controle do problema, embora a doença não possa ser curada. Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), apesar de afetarem especialmente o intestino, “em 25% a 40% dos pacientes, os sinais e sintomas clássicos da DII podem ser acompanhados de sintomas nos olhos, nas articulações, na pele, nos ossos, rins e no fígado”.
Também é importante destacar que a Doença Inflamatória Intestinal (DII) difere da Síndrome do Intestino Irritável. Esta última, causada pela função anormal dos intestinos, caracteriza-se por sintomas mais brandos, como cólicas, diarréia e/ou constipação, e não apresenta anormalidade em exames laboratoriais. Alguns desses sintomas também podem estar relacionados a outras condições gastrointestinais, como gastroenterite infecciosa, doença celíaca, doença da vesícula biliar e câncer colorretal. Por este motivo, eliminar outras doenças possíveis faz parte do processo de diagnóstico das DII.

Prevenção e tratamento das DII

Por conta do caráter multifatorial, não é possível prevenir as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). O que pode ser feito, ainda que que o componente hereditário não seja determinante, é manter uma alimentação saudável e equilibrada para não aumentar as chances de desenvolver a doença quando já há predisposição genética. Em contrapartida, ainda não existe nada que possa ser feito em relação à possibilidade de influência dos fatores ambientais e das bactérias intestinais. 

O diagnóstico precoce da doença é muito difícil, embora seja fundamental para aumentar a qualidade de vida do indivíduo. Nesse sentido, estar atento aos principais sinais e sintomas (fadiga extrema, urgência fecal, cólicas intestinais e diarréia) e buscar ajuda médica com urgência é um importante passo no enfrentamento da doença. O tratamento varia conforme o paciente, as características e a gravidade da DII, podendo incluir medicamentos, suplementação nutricional, controle do estresse e cirurgia.

Este texto tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Apenas o acompanhamento com um profissional poderá indicar o diagnóstico e tratamento adequado.
Fontes: Esadi I DII Brasil I Abcd I Rede Dor I Gastrica I Msd Manuals I Além DII I Materdei

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