O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino ou cólon e reto, pode acometer o intestino grosso, especificamente as regiões do cólon e reto, e o ânus. É comum que se desenvolva a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede do cólon e, quando associadas aos fatores de risco, como predisposição genética e estilo de vida pouco saudável, podem evoluir para câncer. Felizmente é passível de tratamento e, quando detectado precocemente sem atingir outros órgãos, tem alta taxa de cura.
A doença ocupa o terceiro lugar entre os tumores mais frequentes no mundo, com incidência semelhante entre homens e mulheres na idade adulta, especialmente após os 50 anos. No Brasil, é o segundo mais frequente entre as mulheres, logo atrás do câncer de mama, e o terceiro entre os homens, perdendo para o câncer de próstata e de pulmão.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil novos casos de câncer colorretal devem ser confirmados no Brasil entre os anos 2020-2022, com 19,63 casos a cada 100 mil homens e 19,03 casos a cada 100 mil mulheres.
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Fatores de risco para o câncer de intestino
Os principais fatores de risco para esse tipo de tumor são a idade e o estilo de vida, com um especial impacto gerado pelos maus hábitos alimentares. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a ingestão de alimentos industrializados variados, carnes processadas e carne vermelha em excesso aumenta consideravelmente as chances de desenvolvimento do câncer.
Portadores de algumas doenças hereditárias e/ou doenças inflamatórias do intestino, como polipose adenomatosa familiar, retocolite ulcerativa ou Doença de Crohn, também integram um grupo maior de risco para esse tipo de tumor. O acompanhamento individualizado é altamente recomendado nesses casos, servindo como tratamento para essas doenças, assim como prevenção contra o câncer de intestino.
Outros fatores de risco para o câncer de cólon e reto são:
- Fumar;
- Consumir bebidas alcoólicas;
- Estar acima do peso;
- Comer alimentos com muitas calorias, como biscoitos com ou sem recheios e bebidas açucaradas, como refrigerantes e outras bebidas industrializadas;
- Consumir alimentos de origem animal, principalmente carnes vermelhas e carnes embutidas, como presuntos, mortadelas, blanquet, salsichas, linguiças;
- Preparar carnes, de qualquer tipo, na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco;
- Ter uma dieta pobre em fibras vegetais (presentes em frutas, verduras, grãos e alimentos integrais);
- Ter mais de 50 anos;
- Ter parentes em primeiro grau (pais, irmãos e filhos) com pólipos ou câncer de intestino.
Sinais e sintomas
Assim como acontece com diversas doenças, os sinais e sintomas do câncer colorretal podem surgir tardiamente e ser confundidos com outras doenças, como hemorroidas, verminose e úlcera gástrica. Por conta disso, é essencial que o paciente fique atento aos sinais do seu corpo e busque o auxílio de um profissional da saúde capaz de diagnosticá-lo de forma correta.
Os principais sinais e sintomas do câncer colorretal são:
- Presença de sangue nas fezes;
- Dor e cólica na barriga com mais de 30 dias de duração;
- Alteração no ritmo intestinal (quando o funcionamento intestinal era normal e passou a apresentar diarreia ou constipação);
- Perda de peso rápida e não intencional;
- Anemia, cansaço e fraqueza.
Prevenção e tratamentos para o câncer de intestino
A prevenção contra o câncer de intestino pode ser obtida ao evitar os fatores de risco relacionados ao estilo de vida, como má alimentação e sedentarismo, e com manutenção da saúde por meio de consultas e exames regulares.
Como seus sintomas podem ser silenciosos e só perceptíveis com o avanço da doença, o diagnóstico precoce só é possível com a realização de exames investigativos ou regulares. Alguns deles são o exame de sangue oculto nas fezes e as endoscopias, capazes de detectar a alteração nos pólipos antes do surgimento do câncer ou ainda no início da doença, quando os tumores não se espalharam para outros órgãos.
Por ser tratável e frequentemente curável, as terapias aplicadas contra o câncer colorretal variam conforme tamanho, localização e extensão do tumor. O tratamento inicial é feito com cirurgia, seguido de radioterapia associada ou não à quimioterapia.
Fique atento, este texto tem caráter informativo. O acompanhamento médico é indispensável para a promoção da saúde e bem-estar, prevenção de doenças e diagnóstico precoce.
Fontes: Drauzio Varella I INCA I INCA I Ministério da Saúde