No Brasil, houve aumento de 27,9% no número de ocorrências de Sífilis em 2016.
Causadas por vírus, bactérias ou parasitas, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) constituem um sério problema de saúde pública. Transmitidas principalmente através de relações sexuais desprotegidas, quando diagnosticadas tardiamente ou sem o tratamento adequado, podem levar a complicações graves e até mesmo fatais. De acordo com a World Health Organization, estima-se que a cada ano surjam 357 milhões de pessoas infectadas com pelo menos uma das quatro DSTs mais incidentes: clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase.
Existem diversos tipos de DSTs, destacando-se entre elas a Sífilis, que é causada pela bactéria Treponema pallidum e que em 2016 apresentou um aumento de 27,9% dos casos no Brasil. A contaminação é expressiva entre os adultos, com 94.460 mil registros no ano passado, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, também em 2016, foram infectadas 37.436 mil gestantes, sendo que em 20.474 casos a doença foi transmitida ao bebê, o que é chamado de sífilis congênita. Para evitar que a criança nasça com a doença, é preciso que o diagnóstico seja feito ainda no primeiro trimestre de gravidez.
A sífilis é classificada em quatro estágios: primária, secundária, latente e terciária. Os sintomas são diferentes em cada fase, sendo os principais, úlcera (cancro duro) no local de entrada da bactéria e também podem surgir ínguas na virilha. Esses sinais ocorrem entre 10 e 90 dias após o contágio. Também é comum o surgimento de manchas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés. Surgem entre 6 semanas e 6 meses após os primeiros sintomas. Em casos mais avançados, apresenta lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem aparecer décadas após o início da infecção.
A melhor forma de prevenir a doença é utilizando sempre o preservativo durante as relações sexuais. No entanto, a Sífilis também pode ser adquirida ao entrar em contato com o sangue infectado. No caso do tipo congênito, a transmissão pode ocorrer durante a gravidez ou no parto (transmissão vertical). As consequências podem variar, desde a infecção até sequelas permanentes ou abortamento e óbito do feto, com mortalidade em torno de 40% das crianças infectadas.
A Sífilis tem tratamento, mas para isso é necessário que seja feito o teste de detecção com frequência, quando há um histórico de relações desprotegidas. Os sintomas podem aparecer e desaparecer rapidamente, mas a doença continua latente no organismo. Quando não tratada, pode levar a outras enfermidades e até à morte.