Janeiro Branco: saúde mental na pandemia

Se saúde mental sempre foi uma questão fundamental para o bem-estar, em tempos de coronavírus isso é ainda mais crucial. Fato é que por melhor que seja a intenção, equilibrar as emoções durante uma época tão difícil pode ser bastante complicado. É por isso que neste Janeiro Branco, mês dedicado ao assunto, nada mais justo do que falarmos sobre saúde mental na pandemia

Como afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), “o isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego”. Dedicando apenas 15 minutos para assistir aos jornais diários é possível entender  como a incerteza e a ansiedade dominam diversas realidades diante de um dos cenários mais difíceis enfrentados neste século.

A ansiedade domina as emoções 

Em uma sociedade que já considera a ansiedade como o mal do século XXI e tem as doenças mentais como uma das maiores ameaças à qualidade de vida da população, viver uma pandemia aumenta o sofrimento psicológico em diferentes níveis, de acordo com as mais diversas realidades. 

Conforme um resumo de políticas sobre a COVID-19 e a saúde mental, lançado em maio de 2020 pelas Nações Unidas, “a pandemia está destacando a necessidade de aumentar urgentemente o investimento em serviços de saúde mental ou arriscar um aumento maciço de condições de saúde mental nos próximos meses”. No Brasil, o aumento da busca por atendimento em saúde mental nos postos de saúde e nos serviços de atenção especializada já foi grande logo nos primeiros três meses de epidemia.

Como era de se esperar, os trabalhadores de serviços essenciais são duramente impactados pela pandemia de Covid-19. Uma pesquisa, realizada pela Fiocruz em parceria com outras instituições durante o primeiro trimestre de pandemia, revelou que sintomas de ansiedade e depressão já atingiam 47,3% dessas pessoas no Brasil e na Espanha.

Cuidados com a saúde mental

Foi prevendo cenários como esse que, durante as primeiras recomendações de isolamento e distanciamento social, muito se falava – e ainda fala – em manter a mente e o corpo ativos como forma de fortalecer as emoções em tempos tão anormais. Nós até recomendamos 10 formas de manter a qualidade de vida durante a quarentena

Embora possa ser difícil devido às rotinas atribuladas e cansativas, vários meses de pandemia serviram como o empurrãozinho que algumas pessoas precisavam para as mudanças de estilo de vida. Em nossas redes sociais, perguntamos aos nossos seguidores quais cuidados eles adotaram para manter a saúde mental na quarentena e ao longo dos últimos meses. As três respostas afirmativas mais votadas foram: 

1. 69% fizeram terapia

2. 62% praticaram atividades físicas

3. 50% meditaram

Trabalhos manuais e dança/canto/desenho conquistaram 33% e 27% das respostas, respectivamente. Por fim, mais de 90% dos seguidores que responderam a pesquisa disseram que, felizmente, conseguiram ter um tempinho para eles mesmos. 

Busque ajuda profissional

Mesmo que não exista uma forma de mensurar as emoções durante a pandemia, muito menos considerar normal ou anormal sentimentos como a tristeza ou a ansiedade, é importante prestar atenção em si mesmo. Quando as emoções criarem conflitos com as necessidades do dia a dia, impedindo a rotina ou forçando comportamentos considerados fora do comum ou perigosos, buscar o auxílio de um profissional da saúde mental se faz extremamente necessário. Mais do que nunca, é necessário cuidar de si por completo, com atenção ao corpo, à mente e ao espírito. Todo cuidado conta!

Fique atento, este texto tem caráter informativo. Neste momento, a promoção da saúde e do bem-estar também se faz pelo isolamento social, mas o acompanhamento médico e nutricional continua indispensável. Cuide de você e assim você cuidará de todos.

Fontes: Veja Saúde I Secretaria da Saúde RS I El País I PebMed I Galileu I Abrale I Opas Brasil I Nações Unidas Brasil Fiocruz

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