3 doenças crônicas degenerativas que mais afetam mulheres

As doenças crônicas degenerativas são condições de longa duração que geralmente pioram ao longo do tempo. Elas causam alteração na capacidade cognitiva, na mobilidade do indivíduo, nas atividades simples, como respirar, e na diminuição da qualidade de vida. Embora cada uma delas tenha características e sintomas específicos, algumas doenças crônicas degenerativas afetam predominantemente as mulheres. Entre elas, podemos destacar três:

1. Artrite Reumatoide (AR)

É uma doença autoimune crônica que afeta as articulações, causando inflamação, dor e rigidez. Embora possa ocorrer em qualquer idade, a artrite reumatoide é mais comum em mulheres, especialmente entre 30 e 50 anos. Sabe-se que os fatores hormonais podem desempenhar um papel nessa diferença de gênero. 

2. Osteoporose

É uma condição na qual os ossos se tornam frágeis e propensos a fraturas. A osteoporose afeta principalmente as mulheres após a menopausa, devido à diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que desempenha um papel importante na saúde óssea.

3. Doença de Alzheimer

É uma forma de demência que causa perda progressiva da memória, habilidades cognitivas e comportamento. Embora não haja uma prevalência significativa de Alzheimer exclusivamente em mulheres, as mulheres têm maior expectativa de vida do que os homens, o que as torna mais suscetíveis a desenvolver a doença devido ao envelhecimento. 

Muitos estudos buscam a cura ou a melhora da qualidade de vida de quem enfrenta a doença. Nesse sentido, uma das novidades aqui no Brasil é a aprovação da ANVISA para a comercialização nacional, em farmácias, do Cannabidiol Active Pharmaceutical (de 20 mg/ml), substância que atua no controle da  agitação psicomotora intensa em quadros demenciais, refratária aos tratamentos convencionais. Outro avanço importante é a comercialização do aduhelm (Biogen), medicamento que atua no declínio cognitivo relacionado à doença e a primeira substância para tratamento liberada pela Food and Drugs Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, desde 2003.

Fatores de risco e prevenção

A maior incidência dessas e outras doenças crônicas degenerativas em mulheres pode ter várias causas, entre elas os fatores hormonais, a maior longevidade das mulheres, genética e fatores genéticos ligados ao cromossomo X, assim como fatores comportamentais e ambientais, como estilo de vida, exposição a toxinas e diferenças na resposta imunológica.

A prevenção pode variar conforme a doença, mas é importante lembrar que manter um estilo de vida saudável sempre será a mais importante forma de diminuir as chances de ter alguma doença. Além de adotar uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e fontes saudáveis de proteína, é preciso evitar alimentos processados, gorduras saturadas, açúcares adicionados e o tabagismo. Tão importante quanto isso é a prática de exercício físico e o gerenciamento do estresse, que ao tornar-se crônico pode estresse pode afetar o sistema imunológico e desencadear inflamação. 

Por fim, é importante ressaltar que, embora essas doenças sejam mais comuns em mulheres, elas também podem afetar os homens. O cuidado preventivo e o diagnóstico precoce são fundamentais para gerenciar e diminuir o impacto dessas doenças crônicas degenerativas, independentemente do gênero.

Fontes: SBR I Msd Manuals I Hospital Moinhos de Vento I Anvisa I Unimed Campinas I Rakho-Med

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