Lesão de pele pré-cancerosa: quais são e quais cuidados se deve ter

A pele é um órgão em constante mudança. Com o passar dos anos, o envelhecimento e o acúmulo de exposição à radiação ultravioleta (UV), proveniente do sol, podem fazer surgir ou aumentar pintas, manchas ou verrugas. Grande parte dessas características, consideradas lesões, são assintomáticas e benignas, contudo, parte delas pode ser uma lesão de pele pré-cancerosa. Isto é, uma lesão que pode evoluir para câncer de pele ou pode já ser um câncer de pele em estágio inicial.

Tipos de lesões de pele pré-cancerosas

  1. Queratose actínica

Causada pelo excesso de exposição ao sol, a queratose actínica é uma condição pré-câncer caracterizada por pequenos pontos irregulares e ásperos de cor rosa, vermelho ou bege localizados nas regiões do corpo mais expostas ao sol (face, orelhas, dorso das mãos e braços). Ela também pode surgir nos lábios, quando é chamada de queilite actínica, e também como corno cutâneo (queratose actínica hipertrófica), quando se caracteriza por ser uma massa dura, escura ou amarelada, geralmente com forma cónica. A queratose actínica acomete principalmente idosos de pele clara. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apenas 10% dos casos evoluem para o carcinoma espinocelular, mas entre 40% e 60% dos carcinomas começam por causa de ceratoses não tratadas. 

  1. Carcinoma espinocelular in situ (Doença de Bowen)

Frequentemente confundido com câncer, o carcinoma espinocelular in situ é uma lesão pré-maligna, não invasiva e que, se não tratada, pode virar câncer. Essa lesão pré-maligna é caracterizada pelo aparecimento de uma área avermelhada coberta por crostas, com alterações na pele bem definidas e bordas irregulares. Ela atinge principalmente idosos, quando frequentemente as lesões são múltiplas.

  1. Queratoacantoma

Caracterizado pelo formato de cúpula, o queratoacantoma tem uma fase de crescimento rápido, um período estacionário e um período de involução espontânea. Não é incomum que ele regrida ou desapareça espontaneamente, sem tratamento. No entanto, também pode continuar crescendo e invadir outros órgãos, sendo assim considerado câncer de pele espinocelular.

Quais cuidados manter

A retirada da lesão de pele pré-cancerosa impede a evolução para um tumor maligno. Contudo, para que isso seja possível, é preciso diagnosticá-la cedo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é preciso ficar atento aos seguintes sintomas:

  • Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  • Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Lesão de pele pré-cancerosa

As lesões pré-cancerosas podem se assemelhar muito a outras características naturais da pele, por este motivo é importante conhecer bem o próprio corpo para notar mudanças que despertam suspeitas. Além de manter um olhar atento à saúde da pele, é necessário adotar medidas práticas para evitar lesões pré-malignas e o próprio câncer. Lembre-se que o filtro solar é a medida mais efetiva na prevenção do câncer de pele e deve ser utilizado diariamente nas regiões do corpo expostas ao sol, até mesmo em dias nublados.

Fontes: Oncoguia I Abcmed I SBD I SBD I Lusiadas

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