No Brasil e no mundo, as hepatites virais são consideradas um grave problema de saúde pública e por este motivo, é importante saber como identificar os sintomas. Por aqui, segundo o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), cerca de 1 milhão de pessoas têm hepatites virais e não sabem. Já segundo a OPAS, cerca de 1 milhão de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência das hepatites virais, com 3 milhões de novos infectados ao ano. Uma das principais causas para o agravamento do problema é o perfil silencioso da doença infecciosa, que atinge o fígado e pode causar uma série de alterações, das mais leves à cirrose e ao câncer de fígado.
A, B e C são mais comuns no Brasil
No Brasil, os tipos de hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. A forma de contágio da Hepatite A é fecal-oral, vinculada a precariedade das condições de higiene pessoal, nos cuidados com a higienização dos alimentos, falta de saneamento básico e tratamento inadequado da água. As hepatites B e C tem a sua transmissão vinculada ao contato sanguíneo (compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha, contato com outras matérias que perfuram, prática de sexo desprotegido e transmissão da mãe para o bebê na gestação, parto e aleitamento. Diferentemente da B e C que podem apresentar-se de maneira aguda e após seis meses com sinais de cronicidade. Mantenha-se atento à sua saúde, confira abaixo os sintomas das hepatites virais.
Sintomas das hepatites virais
Hepatite A
A hepatite A pode ser assintomática, ou seja, não apresentar nenhuma alteração no corpo tanto em adultos e crianças, mas quando surgem, os sintomas podem ser leves ou muito graves. Inicialmente pode manifestar-se como fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Sintomas gastrointestinais também podem ser sentidos: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. Pode ocorrer a forma ictérica, o chamado amarelão, esse sinal aumenta a sua ocorrência conforme a idade, sendo de 5% a 10% em menores de 6 anos e 70-80% nos adultos. Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. Não existe tratamento específico para a hepatite A, a doença é eliminada de forma natural pelo corpo.
Hepatite B
Normalmente os sintomas são inexistentes, mas quando ocorrem são comuns nos primeiros seis meses, momento em que a doença se encontra em estágio agudo. Os principais sintomas são cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O famoso amarelão é raro; menos de um terço dos infectados pela doença apresentam essa característica. A cronificação em adultos ocorre em 5% a 10% das pessoas. A hepatite B tem vacina e tratamento com medicações que interrompem a progressão da doença.
Hepatite C
Na fase aguda os sintomas são raros. Caso apareçam, são eles cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. A Hepatite C tem cura e pode ser diagnosticada e tratada pelos serviços públicos e privados de saúde.
Hepatite D
Geralmente a Hepatite D também não apresenta sintomas ou sinais da doença. Quando surgem, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Hepatite E
Geralmente causa hepatite aguda de curta duração e autolimitada (2 – 6 semanas) em adultos jovens e clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. A doença geralmente não causa sintomas em crianças, mas quando surgem é apenas de forma leve, sem icterícia.
Quando presentes, os sinais e sintomas são fadiga, mal-estar, febre e dores musculares e sua fase inicial. Isso pode ser seguido e enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia). Mulheres grávidas com hepatite E, particularmente as do segundo ou terceiro trimestre, apresentam maior risco de insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade.
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Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta e o acompanhamento médico.
Fontes: Remed I Saúde Paraná I Imip I Ibrafig